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O obscuro projeto de pesquisa...

Todos sabemos o quanto é difícil a escrita de um projeto de pesquisa, pelo simples fato de que quase nunca temos acesso a textos anteriores. No entanto, há quem não tenha medo da publicação de projetos inéditos! Mas será que esse é um caminho viável? Vamos ver no texto a seguir (os comentários do texto original também estão presentes!):
Original: http://scienceblogs.com.br/quimicaviva/2010/02/quanto_vale_uma_ideia.php


Quanto vale uma idéia?

Escrito em, por Roberto
Você publicaria sua proposta de projeto científico em uma revista? Você considera tal possibilidade viável?


O editor Shu-Kun Lin, do sistema MDPI de revistas de acesso aberto, acaba de lançar a revista Challenges, que terá por objetivo a publicação de projetos de pesquisas e idéias inovadoras. É, no mínimo, uma concepção bastante diferente do que pode ser publicado em uma revista científica.


Por detrás de uma proposta de projeto deve estar uma idéia, bem fundamentada. E ter idéias novas, construídas em bases científicas, não é simples. Bem pelo contrário – não são todos os dias que se têm boas idéias. Muitas vezes são difíceis de serem encontradas.




Algumas das melhores idéias científicas já propostas foram escolhidas por pesquisadores da Bell Laboratories, e demonstram o poder criativo de pesquisadores natos ou muito experientes na concepção de sistemas que literalmente transformaram o mundo.


1. A telefonia: A. Graham Bell, 1876.
2. A câmera para captura de movimento: Thomas Edison, 1897.
3. Sistemas de telecomunicações G. Marconi, 1897 e N. Tesla, 1901.
4. Sistemas de televisão: P. T. Farnsworth, 1930, V. K. Zworykin, 1935 e 1938.
5. Amplificadores de Semicondutores: W. B. Shockley, 1950.
6. Transistores: J. Bardeen e W. H. Brattain, 1950.
7. Masers e sistemas de comunicação por maser: A. L. Schaklow e C. H. Townes, 1960.
8. Detecção de câncer por imagens de ressonância magnética: R. D. Damadian, 1974.
9. Fibras óticas: R. D. Maurer e P. C. Schultz, 1972; D. B. Keck, 1973; W. W. Wolf, 1976.
10. Redes inteligentes: R. P. Weber, 1980.
11. O sistema ALOHA – INTERNET: 1968, início.


Com exceção da internet, que não foi patenteada, os anos dos 10 outros ítens se referem aos anos de publicação das patentes.


A publicação de projetos de pesquisa (inéditos?) é uma aventura que considero arriscada. Muitas vezes uma idéia leva à outra. Um projeto científico inicial desemboca em outro, que leva a outro, ou muitos outros. Publicar uma idéia pode ser arriscado. Pois nunca se sabe o real valor de uma idéia. Hoje, pode não ter valor nenhum. Mas amanhã...


Commentários (4)
1
Se o sistema de publicação científica já tem seus deslizes de honestidade, referindo-me àqueles casos onde alguém tem um artigo "preso" na revisão até, magicamente, alguém publicar na frente dele, fico imaginando com isso de publicar a própria idéia.
Boa iniciativa, muito utópica na minha opinião, mas vai que funciona, né?
Inté!
2
Em um mundo ideal novas ideias poderiam gerar mais conhecimento novo, e consequentemente desenvolvimento humano/tecnológico... No entanto, boas ideias podem ser apropriadas indevidamente para gerar conhecimento para fins não tão nobres, vide a industria farmacêutica... Então caso não consiga colocar suas idéias em prática, guarde-as, para que não caiam em mãos erradas!
Escrito por: Vagner D. Pinho | fevereiro 3, 2010 10:26 AM
3
Bom, pelo que eu conheçodo sistema de pantentes hoje no Brasil (e no mundo), poublicar a idéia per se já exclui a possibilidade de patentear, porque descaracteriza o ineditismo.
4
O Mauro tem razão. É só lembrar do famoso (e humilhante) caso do Captopril...
Escrito por: Sibele | fevereiro 7, 2010 2:50 AM

2 comentários:

  1. muito interessante este artigo... essas questões de pesquisa e desenvolvimento cientifico são muito obscuras e um pouco excludentes... so conseguem aqueles q vao atras e se informam.

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  2. Se formos pensar, é mais fácil publicar a ideia, que é ainda um embrião, do que o trabalho pronto, acabado, ou seja, a ideia desenvolvida. Que é mais complicado e difícil de se fazer. A ideia, ainda em estado embrionário, poderá até não ser possível, ser descabida, mas não deixa de ser uma ideia, que pode encontrar fundamentos nas mais várias teorias já existentes no vasto campo científico.
    Vai que essa moda pega! Aí, meu amigo, vamos ficar só elaborando projetos e mais projetos, e pesquisar, analisar, buscar respostas para as muitas perguntas, que é bom... vai ficar cada vez mais de lado... Não! Bate na madeira!! Isso não! rs
    Na verdade, publicar ideias é uma boa ideia. Mas só não podemos esquecer que o melhor da ideia são os resultados que chegamos quando a desenvolvemos; só aí temos o avanço, o tão almejado progresso.

    Inté!!

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