Contato

cataphora@ufpi.edu.br / cataphora2008@gmail.com

Redes sociais na educação: muito o que discutir!


    As redes sociais da internet estão ocupando boa parte do nosso tempo, mas será que passar horas no Facebook ou Orkut e horas lendo tweets é perda de tempo? Será que o Facebook ou Orkut só servem para sabermos da vida alheia? 
    As respostas a essas perguntas dependem exclusivamente da sua intenção ao navegar por esses territórios “atraentes” e cheios de encruzilhadas. São atraentes para todo mundo que está nesse site, é claro, mas, para uns, o que chama mais atenção é a possibilidade de saber mais da vida dos outros ou de poder ficar de bobeira conversando com inúmeras pessoas. Também existem aqueles que querem apenas manter os círculos de amizades, discutir com os amigos sobre seu time do coração, participar de jogos com os amigos, dizer o que está fazendo etc.
    Então, dependendo do ponto de vista, as redes sociais podem fazer bem pra nós... Já que saber o que nossos amigos estão fazendo ou estão discutindo  faz parte do convívio social de todos nós. 
    Para, nós, professores, tornar um meio de entretenimento assunto de estudos e reflexões é um desafio, mas diante da popularização desses sites é importante trazer esse assunto para o âmbito educacional, pois proibir o uso desses tipos de web sites e aplicativos de relacionamentos ou esquecer que eles existem durante as aulas pode fazer o aluno pensar que esse tipo de site não possibilita o aprendizado, o ganho de conhecimento.
    Diante da popularidade que essa temática alcançou no ano de 2011 a proposta de redação do Enem desse ano incentivou a reflexão do uso dessas redes sociais na internet, um importante passo para trazer esse assunto para as escolas. Mas será que as escolas preparam seus alunos para elaborarem e dissertarem sobre esse tema? Será que os alunos estão preparados para refletir criticamente sobre a vida em redes sociais? 
    Ao que parece, as escolas ainda não estão preparando seus alunos para tratarem criticamente o "viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado", tema da redação do Enem, já que esse conhecimento ainda não é trabalhado em muitas escolas em nosso país (porque tratar de redes sociais na educação ainda é um tabu). Desse modo, os alunos só conhecem o tema pelo viés da mídia e de sua própria experiência nesse ambiente on-line. 
    O que se vê, em relatos de pesquisa  em congressos e em muitos sites especializados em educação e tecnologia, é que a maioria dos alunos não reflete muito sobre a vida em redes sociais, apesar de a mídia e até a escola alertarem sobre os malefícios desses sites, ou seja, muitos alunos conhecem e utilizam as redes sociais da internet para se divertir, como entretenimento, mas não estão muito preocupadas em saber se ele(a) está se expondo demasiadamente nessas redes.
    Solicitar uma redação argumentativa sobre as redes sociais na internet é uma tentativa válida do MEC, pois, ao abordar essa temática, instigará as escolas a também abordarem a temática. Mesmo que as escolas trabalhem com esse tema só por causa da proposta de redação do Enem 2011, sendo o primeiro passo para abrir os olhos das escolas para esses sites de relacionamento que começaram a fazer parte da nossa vida. Como já mencionamos, essa temática ainda está sendo trabalhada muito timidamente na escola, porque ainda existe uma repulsa sobre as potencialidades educacionais desses tipos de websites na nossa sociedade, além de muitos professores não possuírem uma qualificação adequada. Mas, talvez, não precisasse partir somente do Enem a iniciativa de tratar criticamente a temática das redes sociais na internet, se a escola incentivasse a reflexão e o planejamento das formas de utilizar as redes sociais da internet com finalidades educativas.

Um comentário:

  1. Concordo com você, Bruno. Acho que as escolas ainda não sabem ao certo como abordar as redes sociais na sala de aula e algumas preferem nem abordar o tema, decisão complicada, como você colocou, já que as redes socias fazem parte da vida não só da maioria dos estudantes, como também de algumas escolas, que criam twitters, orkuts e facebooks como formas de promoção da instituição. Creio que o ensino para conseguir acompanhar e trabalhar essa temática precisa passar por uma reforma mais ampla no sentido de aproximar a aula da realidade imediata do estudante e assim, quem sabe, aproximar o estudante da aula.

    ResponderExcluir